Coloquei tudo que eu assisti no Netflix durante 5 anos em um dashboard

Coloquei tudo que eu assisti no Netflix durante 5 anos em um dashboard

Usei dados da plataforma do Netflix e a ferramenta Power BI para montar um dashboard do meu consumo de audiovisual nos últimos 5 anos.

 

De dados governamentais à quantos filmes você assistiu em uma plataforma de streaming, praticamente tudo está disponível (ou pode se tornar disponível, se você souber extrair) em forma de banco de dados para ser transformado, analisado e visualizado.

Motivada pela facilidade de baixar os dados de tudo o que eu assisti até hoje no Netflix (se você quiser fazer o mesmo, é só clicar aqui e, no rodapé, clicar em “Baixar tudo”) – e porque não dizer, entendiada também -, resolvi montar uma visualização de dados interativa para descobrir…bem, para reafirmar que eu sou permanente e consistentemente viciada em Rupaul’s Drag Race. 😛

Criei minha conta no Netflix em 2015, como muita gente, empolgada com a ideia de diminuir o exaustivo trabalho de procurar e sincronizar legendas para os filmes que eu baixava por torrents (e que, muitas vezes, era o filme errado – ou uma versão horrível com legendas em russo grudadas – ou, na pior das hipóteses, um vírus).

A verdade é que o Netflix sepultou minha vontade de ver filmes, substituindo-a por incansáveis maratonas de séries que, muitas vezes, eu já assisti e re-assisti.

Baixar tudo isso foi tão fácil quanto dar o play na 14a temporada de Grey’s Anatomy e, embora eu tenha ficado levemente frustrada com a superficialidade dos dados disponibilizados (um arquivo .csv com 2 únicos campos: o título e a data do que você viu), com um pouco de modelagem de dados foi possível extrair alguns insights interessantes.

Foram 1.147 títulos vistos e, desses, só 67 foram filmes. E eu descobri isso analisando a forma como o gigante do streaming disponibiliza os dados de views – o : é usado para separar o nome da série da temporada, e o mesmo : separa a temporada do nome do episódio. Usando um separador de delimitador foi fácil descobrir que, onde o campo “Temporada” estivesse vazio, significava que apenas o título estava preenchido e, por consequência, essa entrada era um filme e não uma série.

Trabalhando a base de dados no Power BI

Sem orgulho algum, admito que já passei 11 horas assistindo Dark ou 8 horas grudada em La Casa de Papel. Descobri que entre 2015 e 2016 meu consumo de TV não era regular mas, quando eu parava para ligar a TV, a coisa ficava séria: em junho de 2015 passei 59 horas assistindo Rupaul’s Drag Race e Mad Men – em julho de 2016 foram 57 horas dedicadas a praticamente só Orange Is The New Black.

Meus últimos 2 anos no Netflix foram menos cheios de paixão: não se vê tantos picos de acesso, mas o volume de utilização aumentou.

É bem verdade que pra mim (e pra muitas outras pessoas, penso eu), o Netflix é o companheiro da hora de dormir e, por isso, ele fica ligado por menos horas, está presente em praticamente todos os meus dias – a prova disso é que, tirando os finais de semana onde o número de horas assistindo alguma coisa é naturalmente bem maior, não há grandes diferenças de consumo entre os dias da semana…entre terça e sexta há apenas 2% de diferença em episódios/filmes vistos.

Entretanto, pensar em extrair esses dados olhando para uma planilha ou recortando tudo isso no Excel seria trabalho demais para uma mera curiosidade. Há pouco mais de um ano venho trabalhando com a poderosíssima ferramenta de dataviz Microsoft Power BI, onde é possível de forma bastante intuitiva modelar dados e apresentá-los de forma gráfica e interativa com bastante facilidade. Para fins de estudo e aperfeiçoamento, resolvi compilar essas informações e disponibilizá-las no dashboard que você vê abaixo:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *